segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

colocando sal nas feridas, de novo.

no pós-declaração de amor, a pior parte é você se dar conta de que só acelerou aquele grande processo lento porque realmente se convenceu de que aquilo nunca ia dar certo. é triste, mas é melhor que criar grandes esperanças sobre algo que não tem futuro e te machuca cada vez que você pensa no que poderia planejar, ser e acontecer. que seja o que tiver que ser e pronto, a vida segue seu curso como sempre seguiu.

pensei em como tudo poderia ter sido. a cada dia que passa, tento me livrar de um passado que me prende, um passado que está sempre voltando. os fantasmas que estão por todos os lados, me assombrando dia e noite e me deixando cada vez mais claro que esse 'passado' é tão presente quanto o presente.

lembranças, ou a falta delas (?) incógnita. esperava um dia me esquecer de tudo isso. digo a mim mesma que não faz falta, mas faz. um convívio de 15 anos não se deixa de lado tão facilmente, e ainda mais na posição que assumimos na vida, uma do outro. minha própria mente se encarregou da lavagem; eu não consigo mais me lembrar dele aqui, ou apenas no sofá, lendo algo ou dirigindo. é como se eu tivesse vivido, curtido o momento e simplesmente esquecido tudo em seguida, mas será que eu esqueci ou apenas não queira lembrar? será que tudo isso faz uma diferença agora?

- certas coisas, de uma forma seca, se vão.

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