quinta-feira, 23 de abril de 2009

dialogando.

é, e dessa vida não se leva nada. tem razão.
nem dinheiro, nem amigos? nem isso colega. nem isso.
só leva a saudade. é tudo que vale à pena.
do camelo ? é. do camelo.
tenho tentado ver mais claramente as coisas que acontecem ao meu redor. notou?
notei, comentei com minha alma isso ontem à noite enquanto tentava dormir.
com sua alma? sim, com a alma. não é muito difícil.
que interessante. bem místico.
a última coisa que pode ser é místico, mas tudo bem.
e aqueles amigos seus, como estão? vai saber, não tenho me comunicado muito com os mesmos. mas tanto faz pra você? bem, até agora tudo certo, depois nem recordo deles.
esqueço. deleto. quem liga? se está de boa pra você, bom. mas conversou com eles?
conversar? eles lá sabem o significado dessa palavra. você me conhece, eu tento, se não contribuem, eu esqueço. criancisse. imaturidade. palhaçada. eu não suporto. não entendo.
é, eu sei como você é. é compreensível. ninguém gosta de ser feito de idiota. pois bem, estarei indo em casa, volto mais tarde. ótimo, aproveita e pega o cd de sex pistols pra mim. tá bem.

sábado, 11 de abril de 2009

culpas.

me culpo por não ter tido coragem de chegar lá e dizer tudo na cara deles.
me culpo por não ter te beijado quando eu quis, naquele simples momento em que a única coisa que eu queria no mundo era te ter.
me culpo por não dizer, somente dizer.
me culpo por ser tão transparente.
me culpo por não gritar quando eu quis.
me culpo por beber tanto e não medir as consequências dos atos póstumos.
me culpo por ter visto em você o espelho da minha alma.
me culpo por não dar valor a quem realmente merece, e me culpo mais ainda por não reconhecer essas pessoas.
me culpo por ter que conviver com pessoas infelizes e que se acham demais.
me culpo por não ser alguém melhor.
me culpo por na maioria das vezes ser humilde com todo mundo e em seguida, ser detonada.
me culpo por ser educada demais com quem não merece um pingo de respeito.
me culpo até por estar falando isso aqui.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

situaçãos. acontecidos. conclusão.

você olha ao redor, no meio de uma conversa e vê que os outros prestam atenção em tudo, menos ao que ninguém fala ou em ninguém. chegam as comemorações; nos vemos numa situação que exige uma certa formalidade e consideração da sua parte, logo você, como bom amigo que é, vai cumprir com um dos brindes totalmente incluso e gratuito do pacote de amigos-plus. uma boa parte das pessoas com quem ninguém não convive lhe dá total atenção, perguntando como vai tudo, se ninguém vai bem e afins, mas o senso de educação de algumas, ou melhor, de NÃO educação de algumas fala mais alto e resolve aflorar mais rápido. dai ninguém percebe para quem são as alfinetadas, e ninguém começa a se irritar, pois está sofrendo algo que não tem uma razão para estar acontecendo. ninguém se pergunta - 'o que estou fazendo aqui?' - ninguém finge não ver e não dá ouvidos. fotos, risadas, besteiras. uma proposta de possível diversão é feita aos demais. ninguém escuta. (?) talvez, quem sabe. ninguém demonstra ir só pra agradar mas também na tentativa de conhecer os indivíduos recém-apresentados, e quem sabe, QUEM SABE serem possíveis colegas. ninguém vai, com um pé atrás, com um pé bem grande atrás mas vai.. e é então que ninguém se pergunta novamente o que está fazendo ali. risinhos maldosos, brincadeiras sem graça não reveladas, e um ' nem aí' falado com gosto. os amigos de ninguém, aqueles mais queridos, falam que ninguém está errado ao falar que preferia estar em outro lugar, mas pra os 'amigos queridos' de ninguém, tanto faz, eles nunca o apoiam, não seria diferente agora. é com isso que ninguém chega a conclusão de que realmente tudo que seus parentes queridos lhe dizem é a mais pura verdade e diz pra si mesmo, que uma dessas novamente não virá, ou melhor, que não tenham ao menos a ousadia de lhe fazerem o convite.

agradecimentos ao Edwin http://oquesobroudemim.blogspot.com/ pelo lindo selo :*