quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

lembranças de mim mesma.

estive pensando como é difícil amar alguém. eu não sei se realmente, alguém é capaz dessa proeza, eu não abriria a boca pra dizer que 'amaria alguém por completo'. não creio que seja tão fácil; aliás você está lhe dando com outra pessoa, que com certeza não é igual a você, somos todos diferentes, podemos ter afinidades, coisas em comum, mas mesmo assim somos infinitamente diferentes. tipo, um exemplo meia-boca: podemos gostar do mesmo cantor ou banda mas a pessoa A pode gostar de música tal que a B não goste, sacou? eu nem sei porque eu estou falando sobre isso, talvez porque uma amiga deu uma analisada em mim esses dias, dai fiz uma ligação entre os assuntos. ela disse que me vê como uma pessoa que não enxerga os defeitos dos outros, por mais que a pessoa seja 'feia', eu só analiso as qualidades da tal. poxa gente, somos repletos de qualidades, de coisas boas, então pra que ficar olhando os defeitos? ninguém é perfeito. fato. eu achei linda a análise, eu me vejo um pouco assim. (fica no ar: será que eu amaria alguém por completo por esse detalhe?) bem, eu vejo dessa forma: eu admiro as pessoas, as diferentes formas, as características distintas, cada um é cada um. eu ando pelo mundo prestando atenção nos detalhes, são tão mais importantes, que faz com que todos os defeitos que uma pessoa tem ou acha que tem, ou a gente acha que elas tem, sejam supérfluos, imperceptíveis, desprezáveis. sempre acontece de estar na rua com alguém, e eu estar totalmente desligada no que a pessoa está falando, por estar olhando as cores e as faces do ambiente; e é dai que você se vê distante do lugar, como se o mundo entrasse num transe e aquela velhinha que passa na rua, com seus passinhos lentos, olha pra você e sorri. um sorriso.. que por mais que amarelo, foi um sorriso, e foi pra você. ela te viu em meio a confusão do dia-a-dia, em meio as pessoas que passam apressadas e mal se olham. talvez você, tenha feito ela lembrar da própria juventude, há muitos anos atrás. é como se fosse um favor prestado, e ela lhe retribuiu com um sorriso. a única forma que encontrou pra um favor tão azul; sorrisso esse que você retribuiu de volta e nunca mais esqueceu.

a vida é tão bela e a gente não percebe, só se dá conta no final. tipo, acho que no final a gente começa a pensar no começo. tantas lembranças guardadas em fotos, cartas, abraços, ou apenas na memória. acho que um dia, quando eu for a velhinha na rua, irei sorrir para alguém.. quem sabe não viro uma lembrança que eu mesma tive.

vide: A Estranha Perfeita, Antes do Amanhecer e Tudo Acontece Em Elizabethtown.

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